sexta-feira, 13 de agosto de 2010

FESTIVAL E JOGOS INTERNACIONAIS DE CAPOEIRA

A 1ª Fase do Mundial realizou-se em Fortaleza, Estado do Ceará, nos dias 04 a 08 de Agost de 2010.
Participaram deste evento 10 (dez) Países e contaram com a presença de quinze estados brasileiros.
Representando o Estado de Santa Catarina, o professor Joel Caetano e Luiz Henrique Nica Caetano, pai e filho, sagrando-se “CAMPEÕES” dos dois estilos de Jogos: Jogo de Benguela e, Jogo de São Bento Grande. São Campeões Absolutos (Troféus), onde contava nas categorias Adulto e Infantil, com mais de trinta competidores em cada uma.
Joel e Luiz Henrique classificaram-se para a Última Fase do Mundial na Alemanha e França, nos dias 28 e 29 de outubro, deste ano.
Parabéns aos Campeões!!!









quarta-feira, 11 de agosto de 2010

FESTA JULINA

Nossa Escola realizou a Festa Junina interna dia 21 de Julho, somente para nossos alunos.
As crianças fizeram suas apresentações, dançaram e receberam lanches.
Foi muito gostoso!




CONCURSO DE POESIAS

A poesia é um meio privilegiado para despertar o amor pela língua materna. A rima, o ritmo e a sonoridade, permitem uma descoberta progressiva das potencialidades da linguagem escrita. Essa descoberta, necessária para a formação do indivíduo, adquire assim um caráter lúdico. Brincar com os sons, descobrir novas ressonâncias, ouvir e ler pequenas histórias em verso, memorizar os poemas preferidos, desvendar imagens e sentimentos contidos na palavra, são atividades de adesão imediata que podem e devem ser introduzidas no universo do aluno, desde antes da alfabetização, pois constituem uma excelente forma de preparação para aprendizagem da leitura e da escrita.

Em todos os momentos a poesia é bem-vinda, para que as crianças desde cedo possam criar o hábito da leitura e da escrita, a poesia nada mais é do que o retrato da nossa imaginação, da nossa autenticidade, beleza e emoção.



PARÓDIAS "AQUARELA"

Os alunos das 7ª e 8ª séries produziram em Português, com a professora Eliane, Paródias da Música “Aquarela”. A elaboração deu-se em sala de aula, e a digitação e montagem com imagens, foram realizadas na Sala Informatizada, no Microsoft Power Point e BROffice Impress. Ficaram ótimas! Confiram!

COMO É BELA

Em um sonho qualquer de você eu me lembro,
você é a mais conhecida do povo brasileiro
você é jóia rara de imenso esplendor
Já foi erguida por vários jogadores brasileiros
Com raça e orgulho lutamos por ela,
O mundo para ver o seu brilho,
tem as cores do Brasil VERDE ,AMARELO e AZUL ANIL,
Feita em ouro, batalhada pelo povo brasileiro.
Pelé, Garrincha, Romário e Zico com raça ergueram a taça,
Com gols fizeram os adversários tremerem e os Brasileiros vibrarem.
A bandeira no estádio é um estandarte,
O emblema na camisa do uniforme
Quem não sonhou em ser jogador de futebol,
A amarelinha todos querem vestir para se consagrar
E ajudar o Brasil a mais uma copa ganhar.
Todos nós temos que nos orgulhar,
Somos brasileiros, o povo do amor,
Somos penta campeões,
E se Deus quizer Hexa vamos ser.
E vamos lá no clássico ,
Brasil e Portugal,
Dois do Lúcio de cabeça,
E Deco diminui pra Portugal..
E vamos lá Brasil,
Mais uma copa conquistar,
Agora com Kaká , Nilmar e Júlio César,
Os adversários educar.
(Lucas Milani e Kayam Mantovani
8ª 01)
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CAMINHONEIRO

Numa estrada qualquer eu dirijo um caminhão amarelo

E vou viajando rumo a Monte Castelo
Cortando a estrada sem medo da chuva
E se viro pro lado, eu ligo o pisca e aviso
Se um pinguinho de chuva cai num cantinho do pára brisa
Num instante imagino minha linda cidade
Vou viajando o Brasil de Norte a Sul
Um dia ainda vou conhecer Havaí,Pequim ou Istambul
Chego na cidade e viro a esquerda e carrego e olho pro céu
Num instante imagino que vou carregar papel
Quando fico com fome vejo uma padaria
E vou comprar um refrigerante e um pastel
Passa a fome entro no caminhão e volto pra estrada
Acelero pra chegar em Porto União
E lá eu encosto e despejo a carga
Depois disso eu acelero o meu caminhão
Faço a curva a 80km por hora
Pois estou perto de casa
A ansiedade aumenta
e cada segundo quero estar lá
Chego em casa abraço a família e vou dormir
No outro dia acordo e carrego o caminhão
Estou pronto pra sair
Se eu andar muito rápido o meu caminhão capotará
Numa estrada qualquer eu dirijo um caminhão amarelo ( que quebrará)
Num instante imagino minha linda cidade (Que poluirá)
Chego na cidade e viro a esquerda e carrego e olho pro céu (Que escurecerá)
Depois disso eu acelero o meu caminhão( que capotará).
(Derlei e Anderson - 8ª série 02)
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PRODUZINHO MUITO ...

Os alunos de 6ª a 8ª séries juntamente com a Professora Eliane, desenvolveram textos muito bons. Confiram alguns:

MEUS DESEJOS

Caminhando sozinho pelas ruas da cidade, olho em volta e observo que o engarrafamento tomou conta das ruas, as pessoas cada vez com mais pressa, sem tempo para pensar como este mundo é bonito, vejo desigualdades, ricos que não ajudam os pobres e ninguém a sua volta.
Queria que tudo fosse diferente, as pessoas ajudassem um ás outras. Hoje eu queria esquecer disso e apenas ficar em casa com a minha família, assistir a um filme, comer pipoca, e quando o sono viesse ir dormir em minha cama quentinha, com vários cobertores para espantar o frio que cada dia é maior, é muito difícil nos dias de hoje achar pessoas sinceras que sejam sempre amigos, é difícil chegar em casa no horário certo.
Quando eu trabalho muito chego em casa e gosto de tomar um café com sanduíche, assistir a um bom filme deitado em meu sofá, ir dormir e esperar o dia amanhecer para começar novamente o meu dia.
Nesse novo dia eu gostaria de chegar em casa e não mais assistir a propagandas enganosas, a reportagens sobre guerras e violência, ver o meu time ganhando e as pessoas se ajudando. Com isso meu dia ficaria completo.
Quando estou triste gosto de assistir a um programa de humor ou ler qualquer livro de piadas ou alguma coisa que tenha algo engraçado no meio, um filme de comédia ou de terror, que tenha algo pra dar risadas.
Quando estou junto de quem eu gosto a primeira sensação que tenho que existe alguém que se preocupa comigo.Quando fico em paz comigo mesmo, gosto de ler um livro, assistir televisão, jogar um jogo qualquer em qualquer lugar e fazer alguns desenhos rabiscar um papel, jogar futebol, etc.
Como eu gostaria de reviver o dia em que fomos jogar na Copa Falcão em Jaraguá do Sul, dia em que conquistamos o terceiro lugar contra a equipe do AE Luís Alves.Nos dias felizes eu acordo e mesmo com sono fico feliz por ter mais um dia pela frente e saber que ainda tenho uma família feliz e unida disposta a tudo por nós.O meu maior sonho é realizar todos o meus outros sonhos.
A minha felicidade eu gostaria de dividir com todos os que precisam e que estão em meu lado, com a minha família e com o mundo inteiro. Minha maior alegria é ver que as pessoas que me cercam vivem tranquilamente e felizes, mesmo com todos os problemas que existem.
Os provérbios que eu mais gosto é “De nada adianta o vento estar a favor, se não se sabe pra onde virar o leme”. “Se não puder ajudar atrapalhe, afinal o importante é participar”.
Dias perfeitos são esses em que todo mundo sai a rua feliz para comemorar alguma coisa.Quando fico cansado eu gosto de jogar Fifa, 18 Wheels of Steel, leio e desenho alguma coisa.
Eu me sinto completamente feliz quando ganho um abraço carinhoso de minha família e quando ganho alguma coisa. Quando eu cheguei a esta sala, o detalhe que mais me chamou a atenção foi que a escola tinha sido pintada e que algumas coisas estavam diferentes.
Nessa cidade, a gente passa, a gente olha, a gente se diverte pra valer em qualquer lugar, pode ser num campinho de terra, numa rua deserta, num barranco, onde der.
Quando abro a janela do meu quarto eu vejo pedras, um muro, umas flores, algumas plantas selvagens, um cachorro, vejo um pouco de tudo. Se o tempo voltasse atrás, eu gostaria de aproveitar cada segundo de minha vida da melhor maneira possível.
(Derlei Jurandir da Silva - 8ª 02)
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O CICLO DA NOITE NA MATA

A lua se vai e a noite fica, como se fosse o fim de tudo que existe, de tudo aquilo que adoro, de tudo que sonhei,tudo que pensei,tudo que lembrei parece ter acabado, estou triste sem forças para continuar a sobreviver, mas aquela lua tão linda me fez esquecer e me ajudou a me fortalecer. Vem o vento, as árvores balançam suas folhas, caem como se fossem meteoros caindo do céu. O vento é frio, da medo de ficar naquela noite sombrosa, mas tenho certeza que ela vai me fazer conseguir passar por aquilo que tanto tenho medo. O vento se vai, a noite aquece, a lua aparece e me lembro dela como se fosse minha vida passando na minha frente. Mas, tenho certeza que vou conseguir sair desse labirinto inteiro e com saudade dela, mas sei que vou conseguir pelo amor que sinto.
Vem o sereno gelado como se a neve caisse em cima de mim me refrescando e me iluminando de paz,mas sinto que tem algo errado, pôs não sinto ela por perto e acabo ficando com medo de perdê-la e tudo que sonhei não passou de sonho e ilusão. O sereno se, vai a noite continua a me assombrar, tenho medo do que vai me acontecer. Posso até passar mal por estar longe dela, ainda mais que essa noite é escura e assombrosa. Escuto animais que me dão medo de ficar ali, mas por ela vou conseguir. Tudo é silencio. Os animais que me assombraram agora não os escuto mais. Esta tudo quieto, a noite fica mais fria e monstruosa. Só vejo aquela luz muito distante que chega a me cegar, mesmo estando longe é muito forte para os meus olhos, mas vou tentar chegar lá para ver o que é.
Vem a aurora, já está amanhecendo, o sol saindo, a noite ficando. Os animais fugindo, aquela luz fica cada vez mas perto. Já estou ficando com medo do que pode ser, mas vou tentar descobrir. A luz é muito forte, quase desmaio e não consigo me levantar, estou sem forças. A aurora se vai, mas minhas forças ainda não recuperei. Aquela luz me toca e me levanta como se fosse um deus, mas sei que não é, porque é ela que está me dando forças para continuar a viver nesta mata que tanto tenho medo.
Barulho na mata fico com medo do que pode ser, mas tenho que entrar para achar quem tanto procuro. O barulho começa a ficar mais forte que nunca, um barulho estranho se parece com um urso, sei lá, mas sei que posso conseguir.
Amanhece e finalmente consigo sair daquela mata escura , úmida e monstruosa que tive que enfrentar para encontrá-la. Ela, que eu tanto procurava. Quando vejo uma pessoa lá na frente, encontrei-a. Agora não me preocupo com mais com nada, só quero ficar com ela.
(Joair Gonçalves Junior – 6ª 02)
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PROJETO PEREBINHA

O Professor Paulo Sérgio, em Português, trabalhou com as turmas de 5ª série 02 e 03, produção de textos. Este projeto é baseado nas Aventuras de um menino chamado Perebinha, montados em sala de aula. Na Informática, os alunos desenharam o personagem e após, digitaram seus textos.
Confiram alguns:

PEREBINHA NA FLORESTA
Uma vez, um menino que se chamava Perebinha estava com mais dois amigos em uma floresta pescando ,de repente, eles escutaram uma explosão muito forte e se assustaram e decidiram ir ver o que tinha acontecido. Quando chegaram lá, era um avião que tinha caído no meio da floresta , decidiram chamar os bombeiros para apagar o incêndio e socorrerem as pessoas .
Quando os bombeiros estavam indo embora eles voltaram à pescaria ,ao voltar para casa erraram o caminho e se perderam no meio da floresta e ficaram procurando o caminho por umas duas horas e não conseguiram achar o caminho de cassa. Depois de muito tempo, Perebinha decidiu ligar para o seu pai vir buscá-los, só que quando ele colocou a mão no bolso viu que tinha esquecido o celular onde eles estavam pescando.
Então decidiram voltar, quando encontraram um bicho muito feroz . O animal estava muito furioso ,pois estava faminto, a ponto de devorá-los , e saíram correndo e subiram em uma árvore , e o bicho não conseguindo alcançá-lós foi embora . De cima da árvore, Perebinha avistou o seu celular , desceu pegá-lo rapidamente e voltou para a árvore , e ligou para seu pai:
__ Pai, preciso que você venha ao centro da floresta, estamos em perigo!
Quando o seu pai chegou lá, eles estavam em cima de uma árvore e muito assustados com este passeio, resolveram ir para casa , e nunca mais foram pescar sozinhos, só com o pai deles.
(Bruno Rozentalski e kassian – 5ª 03)
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PEREBINHA NO SÍTIO

Era uma vez um menino muito esperto que gostava de pesquisar objetos antigos e muito bonitos. Logo após acordar, foi para o porão ver objetos que tinha lá. Tinha várias coisas que ele nunca tinha visto e foi falar para seu pai, mas ele nem deu bola para o que menino falou. Então voltou para o porão, com uma lupa, e viu que um dos objetos tinha mais de 500 ac .
Um dia ele foi pesquisar na internet sobre coisas antigas e bonitas. Ele achou muito estranho, porque ele viu que tinha a mesma coisa no porão da casa. No jornal, viu que tinha sido roubado de um museu e suspeitou do pai.
No jornal da casa dele viu que a foto do pai dele estava lá. Ele telefonou para a polícia falando que o pai dele tinha morrido, e quem foi que roubou foi o pai e que era para eles irem buscar as antiguidades. No outro dia os policiais foram buscar as coisas que o pai dele tinha roubado. A polícia descobriu que o menino tinha mentido, porque acharam o pai dele dentro da casa.
A policia levou o pai dele para a delegacia, e ele foi junto, mas não adiantou nada. Com o pai dele preso por 20 anos, o menino ficou muito triste até reencontra-lo de volta.

(Geovane Tocantins Araújo – 5ª 03)
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INGLÊS


Os alunos do 4º Ano 01 juntamente com a professora Teresinha Auerbach, desenvolveram em Inglês, um trabalho bem legal. Entre todos, escolhemos o da aluna Maynara M. Costa, para representa-los:

BOTTICELLI

SANDRO BOTTICELLI ... Os alunos da 6ª série 01, juntamente com a professora de Arte – Sulamita Reis dos Santos, trabalharam sobre o famoso artista: “SANDRO BOTTICELLI” - conhecido pelas muitas composições redondas criadas por ele. Um formato de pintura bastante comum do início do Renascimento. Na época de Botticelli, as pinturas redondas eram uma idéia nova e bem vista, em termos de obra de Arte. Desenhando dentro de um círculo, os jovens artistas criam “arte em redondo”. Algumas das obras de Botticelli:


DE QUEM É A RESPONSABILIDADE DE EDUCAR?

A sugestiva pergunta nos remete ao discernimento, primeiro do que é educar e segundo quais os mecanismos a serem utilizados nesse processo: Ao perpassar por algumas leituras encontrei essa no site www.educacional.com.br de autoria de William Lara que reproduzo na integra como ponto de partida para essa reflexão.

Educar com arte e a arte de educar

A tarefa da educação é delicada porque supõe, em princípio, amor, desprendimento, doçura, firmeza, paciência e decisão. Diversas obras já foram escritas sobre esse assunto. Quantas vezes professores e pais, cheios de entusiasmo e esperança, compram este ou aquele livro com o intuito de resolver um problema específico que os preocupa em relação à atitude de alunos e de suas crianças?
Ao ler vê-se tão fácil! Os livros contêm, às vezes, infinidades de teorias, fórmulas e até conselhos que parecem mágicos, com diálogos imaginados e reações quase perfeitas dos alunos e das crianças diante da iniciativa dos professores e dos pais. Se fosse apenas isso, na vida diária... No entanto, a realidade é outra. Quando os professores e os pais tentam colocar em prática alguns desses conceitos que acabam de ler e isso não sai como eles esperavam, pensam: "O que aconteceu? Onde está o erro, se fiz exatamente o que o livro dizia?” (
William Lara*)
Acontece que "educar é uma ciência e uma arte; uma arte porque não tem regras fixas, ou seja, cada caso é diferente, cada circunstância é única".
Um pequeno texto, uma palavra, um gesto, uma pintura, um desenho ou uma ajuda em uma situação em que não esperávamos pode preencher uma vida, mudar seus horizontes e abrir possibilidades para nós mesmos, pois muitas vezes entender, explicitar ou descrever é um bem, um exercício. Então... O que podem fazer nós professores e pais, quando se sentem desorientados e aflitos? Às vezes querem se dar por vencidos ou descarregar a responsabilidade em um terceiro (coordenadores, psicólogos, etc.). Mas, no fundo, todos sabem que é sua responsabilidade dar aos alunos e filhos as ferramentas e respostas de que necessitam. São os educadores que devem ensinar-lhes o sentido da vida e capacitá-los para vivê-la.
O objeto da educação não está só no sentido literal do verbo “educar”, mas, sim, no modo como o fazemos, a forma como prosseguimos pensando, o tipo de distinções que apresentamos a moral e a ética dos critérios em que baseamos o caminho a percorrer. Educar é como ensinar alguém a andar ou a falar (nada de metafórico existe nessa comparação). Andar verticalmente e falar é a educação mais fundamental do modo de ser quem somos: humanos. Aprender a ler, a fazer contas e a dominar a técnica, o conhecimento científico e o processo de desenvolvimento de mais e mais conhecimentos no âmbito de uma comunidade em que estamos imersos é a mesma coisa que aprender a falar. Todos esses aspectos que enquanto adultos nos envolvem são distinções no âmbito do processo fundamental que nós próprios somos: um erguer e um puxar, um indicar de possibilidades, um mostrar de mundos, um incentivar e ajudar, um responsabilizar, autonomizar e cuidar.
Em resumo, educar, desde os primeiros dias até os últimos, é deixar os outros serem humanos — ensinar, no sentido de educar, é muito mais difícil do que aprender. E por que isso é assim? Não apenas porque quem ensina deve dominar uma maior massa de informações e tê-la sempre pronta a ser utilizada, mas porque ensinar requer algo muito mais difícil, complexo e poderoso: deixar aprender.
Quem verdadeiramente ensina passa realmente pelo aprender. Esse aprender, por sua vez, deixa de ser revelado e tem seu fundamento na liberdade individual. O que aprendemos quando aprendemos a aprender? O que aprendemos quando somos educados? O que é a educação? Com base em que a educação ganha seu sentido, sua pertinência, sua vitalidade e seu caráter decisivo? A resposta é simples: educar é deixar surgir o homem e suas possibilidades.
Por tudo isso, a educação é essencialmente um apontar de possibilidades, de distinções, de relações e de humanidade. Educar é abrir, é erguer, é questionar, é duvidar e ensinar a duvidar, é ser modesto em saber ajudar. Quem deve então educar quem? A resposta é a mesma que foi dada à pergunta “Quem ajuda quem?”.
Viver é aprender. O tempo muda-nos porque tudo nos ensina. Passando o que passa, aprendemos o que fica. O passado fica da forma como para cada um de nós as coisas ganham seus significados, individualmente, em uma vida que é um permanente ter sido e um constante projetar de possibilidades. Uma chamada pelo nome, uma ajuda quando nada se esperava ou uma idéia tocada pelo entusiasmo, pela imaginação e pela vontade de partilhar, um olhar de cumplicidade, uma conversa sobre o que nunca se consegue ler, mas que sempre nos preocupou, ou simplesmente o brilho de um momento, o vislumbre de uma possibilidade que dá um sentido fundo ao que temos sido podem fazer muitas vezes tudo o que mais pode marcar um caminho e uma forma de estar no mundo. Poderão questionar-se sobre que temas, assuntos, momentos ou histórias estamos aqui para falar... A resposta é esta: sobre todos.
Na educação, o essencial não é o assunto ou o conteúdo, mas a perspectiva, o modo e a relação. Ou, antes, o objeto da educação não é um tema, como, por exemplo, a Geografia, a História, a Matemática, a Literatura ou as Artes Plásticas. Aquilo sobre o que a educação recai é um modo de ser, que cuida, que toma conta, que se envolve, deixa-se envolver e deixa ser.
Ouvimos muita coisa sobre educação nos dias atuais. Mas, tanto ontem como hoje, o homem é ele mesmo a educação, o ser que se ergueu que repara e que cuida. Cuidando e ajudando, chamando e sendo cúmplices dessa chamada para a escolha constante das infinitas possibilidades que cada um de nós tem pela frente, podemos abrir o caminho e verdadeiramente educar e educar-nos.
Uma hora é uma medida, uma bola é um passatempo e um conceito é um instrumento, mas cada um de nós é todo o mundo. São todos os mundos do mundo que a educação tem por tema. Assim, a qualquer momento em qualquer mundo, uma palavra, um gesto ou um olhar pode entrar e não mais sair. Se tivermos sabido ou podido preservar e deixar preservar esses momentos, podemos muito bem tocar não apenas naquilo que no momento estamos fazendo, mas toda uma vida — e isso é verdadeiramente o objeto do educar.
Parece-me extremamente fácil concordar com a frase: “A tarefa da educação é delicada porque supõe, em princípio, amor, desprendimento, doçura, firmeza, paciência e decisão”, aqui pais e professores possuem responsabilidades semelhantes, cada um em seu espaço e momento, quer dizer: aos pais a tarefa de educar consiste em estabelecer regras pontuais, onde seus filhos possam visualizar fundamentos de uma vida cotidiana, ou seja, possuir postura cidadã baseada na moral, na ética e nos bons costumes, sabendo ele respeitar as diferenças de um mundo tão diferente. Aos professores trabalhar as informações que cunho intelectual com velocidade próxima ao globalizado mundo de hoje.
Se "educar é uma ciência e uma arte; uma arte porque não tem regras fixas, ou seja, cada caso é diferente, cada circunstância é única", para cada aluno ou aluna, filho ou filho se deve articular ou até flexibilizar mecanismos que os levem ao discernimento dos rigorosos padrões sociais que todos nós estamos inseridos, pois se deve pensar que do outro lado da porta da frente ou de traz de nossas residências existem regras de sobrevivência que não são construídas por nós, embora estejamos submetidos a elas de forma direta e irrevogável.
Visualizo como um caminho a proximidade, a preocupação com o todo, pois quanto mais próximos estivermos dos nossos, mais próximos estarão de tudo que possa cercá-lo, e a partir daí intervir com carinho, paciência, firmeza e principalmente com decisões pressupostas pela experiência que devemos possuir para o bem da convivência familiar. Claro que a estrutura familiar de hoje está configurada para atender às necessidades de hoje, mas sempre existirá, ou deverá existir, aquele momento a ser dedicado ao acompanhamento das atividades dos filhos. Ressalta-se que a educação informal, ou seja, aquela que é praticada em uma instituição de ensino, não termina após as quatro horas de um turno, ela deverá sim ser acompanhada pelos familiares, pois demanda da criação de hábitos de estudo que transcendem essas poucas horas. “Um pequeno texto, uma palavra, um gesto, uma pintura, um desenho ou uma ajuda em uma situação em que não esperávamos pode preencher uma vida, mudar seus horizontes e abrir possibilidades para nós mesmos, pois muitas vezes entender, explicitar ou descrever é um bem, um exercício”, e o papel da família é primordial para a fixação de conceitos, regras e propriedades de todas as disciplinas do currículo escolar.
Vivenciamos nos dias de hoje campanhas que remetem ao conhecimento de direitos independentemente da faixa etária, porém alguns órgãos estão esquecendo que paralelo a eles existem equivalentes deveres que não estão sendo trabalhados com a mesma intensidade. Penso que os direitos devem ser observados, porém a essência da escola é ensinar e não educar: “Ensinar – transmitir conhecimento; ministrar o ensino de. ≠ Educação – ação ou efeito de educar (-se); bons modos; cortesia; polidez.”, sempre foi atribuição do grupo familiar.
No passado existia a educação rígida, severa e por muitas vezes radical em suas punições ou castigos aos infratores, porém ao contestar essa forma de educar, fundamentado em diretos, conquistou-se o outro extremo que tudo pode. O momento de hoje cercado de muitos direitos e poucos deveres deverá ser repensado na busca do ponto de equilíbrio, onde os direitos sejam observados e respeitados sim, porém os deveres deverão galgar seu eqüidistante status, quer dizer: a família deve urgentemente tomar as “rédeas” do viver bem, estabelecendo regras, posturas e procedimentos que condigam com as boas e necessárias relações da vida cotidiana, e a escola deverá fazer cumprir suas regras, seu regimento interno, seus atos disciplinares em prol da sua essência que é ensinar.
Como professor acredito verdadeiramente na importância do estudar e da escola, fato que ainda me mantém na condição de aluno, não do prisma alavancador de uma pseudo ascensão social, mas nos benefícios que nos traz para o crescimento intelectual, tendo como alicerce a própria história da evolução humana. Na minha concepção para chegar a algum lugar é imprescindível que se saiba de onde parti, quando e onde tudo começou.
Não posso apresentar-me como mero espectador nesse processo, fazendo de conta que o problema não é meu, que estou fora dele, que minhas ações não interferem na construção de algumas páginas da história dessa evolução, que elas não podem desencadear traumas irreversíveis naqueles que me ouvem e tem a expectativa de aprender, pois acreditam que como especialista na área saiba o que estou fazendo.
O ideal seria obter por meio de ações didáticas que envolvessem cuidados com alguns aspectos básicos do processo de ensino-aprendizagem, e que apresentasse a seguir para estimular o debate e a reflexão que se pretende provocar por meio da exposição dos conteúdos. Ampliar a forma como se encara os alunos em sala de aula considerando suas dimensões afetiva, cognitiva e social. O modo de abordar os conteúdos; a procura por diminuir a distância entre as disciplinas, especialmente matemática e língua materna; favorecer uma compreensão das disciplinas com suas particularidades científicas ou empíricas seja na forma lúdica, concreta ou abstrata como instrumento de resolução de problemas; não desprezar os conhecimentos que vêm da criança e de sua comunidade; pensar em como considerar as diferenças e ritmos de aprendizagem entre os alunos; rever concepções de conhecimento e inteligência que conduzem as ações docentes; buscar formas de envolver a comunidade no trabalho da escola, e ter na avaliação e no planejamento, aliados para uma reflexão constante sobre o ensinar e o aprender.
Tudo isso será possível a partir do verdadeiro comprometimento do grupo familiar com a evolução dos seus membros, ou seja, acompanhar as tarefas, os trabalhos escolares gerando, dessa forma, hábitos de estudos, onde o educando sinta-se inserido no mundo científico e acadêmico e dele possa surgir perspectivas positivas de crescimento pessoal e profissional.

Autor: Professor Daniel P. Rafaeli Filho